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Foto do escritorDiogo Couto de Carvalho

Fibromialgia, onde tudo dói.


O Grito (1893), de Edvard Munch

A Fibromialgia (FM) é uma doença caracterizada por dor musculoesquelética, crônica, difusa. Os pacientes se queixam de dores, muitas vezes descritas como “do fio de cabelo à ponta dos pés”, ou mesmo dizendo que “tudo dói”, sendo difícil para o paciente definir exatamente onde dói. Alguns referem dor nos músculos, ossos ou próximo a articulações. Frequentemente coexiste a fadiga (sensação de “corpo cansado”) debilitante, sono não reparador (o indivíduo apesar de dormir um tempo adequado, não descansa), transtornos cognitivos (alterações de memória por exemplo), depressão e ansiedade. A doença é mais frequente em mulheres, com início dos sintomas geralmente entre 30 -55 anos. Existe maior chance de pessoas com parentes acometidos pela doença apresentarem a Fibromialgia.

Os pacientes com a doença têm alterações na interpretação de estímulos externos, apresentando sensação aumentada de dor a experiências que usualmente geram dor leve (efeito de hiperalgesia) ou mesmo sensação de dor após eventos que geralmente não causam dor (efeito conhecido como alodínia). É comum a associação com outras doenças, como síndrome do intestino irritável, cefaleia tensional, migrânea, disfunção têmporo-mandibular, entre outras.

A explicação do porquê da doença é complexa e ainda não totalmente conhecida. Alterações nos sinais de reconhecimento de dor fazem parte dos mecanismos propostos para explicar essa condição. O diagnóstico não é simples uma vez que não existem alterações em exames laboratoriais ou de imagem que confirmem a doença. Exatamente por isso muitos pacientes são estigmatizados como sintomas “psicológicos”, tendo por vezes questionada a existência de dor por pessoas que desconhecem a doença. A dor é real, porém, diferente de outras doenças que também cursam com dor.

O tratamento é baseado em uma avaliação individual do paciente. Atividade física é essencial para o controle da dor, devendo-se sempre respeitar os limites de cada um. Outras terapias devem ser avaliadas pelo seu médico. Procure o Reumatologista!

Caso queira saber mais sobre essa e outras doenças tratadas pelo Reumatologista, acesse o site da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), link abaixo, e se informe em fontes seguras!

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